Não é só uma
impressão que todas nós temos no dia a dia: uma pesquisa recente da ISMA-BR (International
Stress Management Association) realizada com mil pessoas em Porto Alegre (RS) e
em São Paulo (SP) revelou que a duração da jornada de trabalho não para de
crescer. Trabalha-se, em média, 13 horas diárias, frente às 12 horas indicada
na pesquisa anterior da instituição, realizada há alguns anos.
“Esse resultado
não é de se estranhar, uma vez que as empresas têm enxugado sua estrutura ao
mesmo tempo que a quantidade e a exigência do trabalho aumentam, e o receio dos
colaboradores de serem demitidos faz com que eles se dediquem cada vez mais”,
diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da associação. O problema é que
passar mais horas no escritório pode minar sua própria carreira.
“Nessa corrida
diária, ficamos mais tensas e nos tornamos escravas do relógio”, lembra Ana
Maria. O horário para a prática de atividade física é sacrificado, a
alimentação acaba prejudicada (quem nunca almoçou rapidamente na própria mesa
de trabalho ou a caminho de uma reunião importante?), e o sono vira moeda de
troca.
Outro impacto da
longa jornada de trabalho, que se torna ainda maior se levarmos em conta o
tempo de comutação até o escritório, é a perda do equilíbrio entre vida
profissional e pessoal. Vemos menos nossas famílias e nos sentimos cada vez
mais culpadas por isso. Encontrar os amigos e relaxar se torna uma missão quase
impossível.
Com tanta
pressão e ansiedade, começam a aparecer os sintomas físicos: tensão muscular,
episódios de dor de cabeça, problemas estomacais, obesidade, aumento no uso de
medicamentos (prescritos ou não). O resultado é que nosso esforço para
trabalhar compromete a qualidade, a produtividade e os relacionamentos no
trabalho, jogando ladeira abaixo o esforço de anos ou décadas.
Para não chegar
a esse ponto, a psicóloga deixa claro que não existe fórmula mágica. Precisamos
ser realistas, estabelecer prioridades e cumpri-las e não abandonar as
atividades fundamentais que nos preparam para estarmos bem. “Sono, alimentação,
atividade física e uma técnica de relaxamento para lidar com essas demandas são
básicos”, resume Ana Maria.
Fonte: http://migre.me/kXx2U
Nenhum comentário:
Postar um comentário