A
2ª quinzena de novembro foi identificada por pesquisas da International Stress
Management Association no Brasil (ISMA-BR) como a época mais estressante do ano
e dura até o final de dezembro. É um
período curto, mas parece ainda mais curto – por conta das festas de fim de ano
e férias coletivas, de muitas comemorações, mas também de trabalho extenuante.
É quando as empresas estão finalizando o ano e o planejamento
estratégico do ano seguinte. Em consequência, o nível de stress costuma aumentar
em até 75%. Algumas pessoas chegam a desenvolver fadiga crônica, causada
inclusive pelo excesso de trabalho acumulado ao longo do ano.
A
fadiga crônica afeta o sistema de imunidade e o cérebro. Os sintomas vão desde
a sensação de cansaço às juntas doloridas e esquecimento – quando você não
consegue lembrar nem onde colocou a chave do carro. São pessoas que têm febre
constantemente, dores de garganta, fraqueza muscular, distúrbios do sono, dores
de cabeça e, muitas vezes, no corpo. É aquela gripe que nunca passa ou a
garganta que não melhora. Esses sinais indicam que você ultrapassou o limite de
stress tolerado por seu corpo. E possivelmente não serão alguns dias de férias que vão fazer
a diferença para recarregar as baterias.
O
que é preciso aprender é que os níveis de stress não se elevam de um dia para o
outro, após um acontecimento único. Existe um efeito cumulativo. Por isso é
tão importante aprender a lidar com o
excesso de pressão, de tarefas e o pouco tempo ditado pelos prazos apertados.
Essas lições passam por um processo de autoconhecimento: aprender a dizer não,
impor limites, saber pisar no freio, organizar e equilibrar o tempo gasto no
trabalho e nas atividades pessoais. Tem gente que encontra sua válvula de
escape nas técnicas de relaxamento, outros se dedicando a um hobby ou a uma
atividade física. Cada um deve encontrar a forma que lhe satisfaz e dá
equilíbrio para lidar com os excessos diários.
O
que sugiro aqui é que cada um aprenda a fazer mais do que o planejamento da
empresa, planejando sua própria vida.
Que tal abrir uma planilha pessoal? Que tal elaborar uma agenda com horários e
tarefas a serem cumpridas? Atitudes simples como essas podem fazer a diferença
para que você termine o ano pensando não apenas em planos – na dieta, na
ginástica, naquele curso, mas com atitudes. E, quem sabe, projetando um 2015,
menos estressante e mais saudável.
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