sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Satisfação profissional e stress

Para aprender a lidar com o stress com eficiência é preciso conhecê-lo mais a fundo. Pode soar estranho falar sobre stress dessa forma. Mas é exatamente isso o que falta a maior parte das pessoas: autoconhecimento. Como é possível enfrentar algo que se desconhece? Um estudo da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil) indica, por exemplo, que pessoas com posições de grande responsabilidade, mas pouco controle ou autonomia para tomar decisões, têm 67% mais chance de sofrer as sequelas negativas do stress. É o caso de alguém que trabalha como caixa de uma empresa, na torre de comando de aeroportos ou gerente de médio e baixo escalão de uma organização. Portanto, embora os altos executivos e profissionais liberais, como cirurgiões e juízes, possam ter nível elevado de stress nas suas atividades, têm, em contrapartida, maior autonomia para tomar suas próprias decisões. Outra descoberta recente é de que aqueles que não gostam de sua profissão, ainda que exerçam uma atividade por um curto período de tempo, incorrem nos mesmos riscos daqueles que trabalham muitas horas por dia, mas adoram o que fazem.
Acredita-se, também, que a personalidade pode influenciar neste processo. Tem maior tendência a ter níveis elevados de stress pessoas perfeccionistas, competitivas demais, que vivem sob tensão constante, que são baixo astral, aquelas que têm dificuldade para delegar tarefas, estabelecer prioridades e até dizer ‘não’. Na contramão disso, sabem lidar melhor com as pressões diárias, aqueles que não lutam contra o relógio, dão o tempo devido à cada atividade, estabelecem objetivos para a realização profissional, não são muito críticos com os outros e, principalmente, consigo mesmos. Comparando os dois tipos, a diferença não é a causa do stress (pressão no trabalho, excesso de demandas do chefe, problemas na vida pessoal), mas a interpretação e a reação de cada um a ela. Daí é possível tirar alguns ensinamentos para ter a tão almejada qualidade de vida. É essencial gostar daquilo que se faz, ter alguma autonomia profissional e se questionar sobre o quanto sua personalidade pode estar – ou não – influenciando seu estilo de vida. Feito este balanço, procure encontrar caminhos possíveis para conviver melhor com aquilo que lhe incomoda. Vale buscar ajuda de um terapeuta ou, até mesmo, de um conselheiro profissional. Quem ganha com isso é você.


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